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Pesquisas ligam tabagismo a risco aumentado de câncer de garganta e estômago

Se você está pensando em parar de fumar, o faça quanto antes: uma nova pesquisa descobriu que os fumantes enfrentam um risco aumentado de determinados tipos de câncer de garganta e de estômago, mesmo anos depois de parar de fumar.

Os dois tipos de câncer, conhecidos como adenocarcinomas, são relativamente raros nos países ocidentais. Os riscos são normalmente maiores em outros lugares, especialmente nos países menos desenvolvidos. Mas, nas últimas décadas, as taxas desses cânceres aumentaram nos EUA e na Europa, possivelmente relacionadas ao crescimento das taxas de obesidade.

Fumar é considerado um fator de risco para os dois tipos de câncer. Eles concluíram que os fumantes em geral eram mais de duas vezes mais propensos que os não-fumantes a desenvolver câncer, seja no esôfago ou na cárdia gástrica. O risco diminuiu depois que as pessoas pararam de fumar, mas era ainda 62% maior em ex-fumantes do que em não-fumantes ao longo da vida. Em alguns dos estudos, o risco de câncer de esôfago permaneceu elevado mesmo quando as pessoas já tinham parado de fumar há três décadas.
Os novos resultados são extremamente importantes. Segundo os pesquisadores, parar de fumar é altamente benéfico em qualquer idade, mas parece que para esses cânceres o risco diminui muito lentamente.
Ainda assim, a pesquisa não prova que fumar causa adenocarcinoma de esôfago ou cárdia gástrico. Para isso, os pesquisadores teriam que propositalmente expor algumas pessoas a anos de tabaco para ver o que acontece ao longo do tempo, o que, por razões éticas (e justas), é impossível.

Além disso, o problema com o tabagismo parece ser mais abrangente. Segundo a Sociedade Americana do Câncer, o americano médio tem 1 chance em 200 de desenvolver qualquer tipo de câncer de esôfago ao longo da vida, e 1 chance em 114 de desenvolver alguma forma de câncer de estômago.

Em comparação, as chances de desenvolver câncer de pulmão são 1 em 13 para homens, e 1 em 16 para mulheres, contando fumantes e não-fumantes. Os fumantes, é claro, teriam um risco muito maior ao longo da vida. Câncer de pulmão, doenças cardíacas e outros males são numericamente mais importantes que os cânceres de esôfago e cárdia gástrico quando se trata das consequências do tabagismo na saúde.

De qualquer forma, os riscos reais observados neste estudo oferecem mais um motivo para os fumantes largarem o vício, e para os não-fumantes nunca passarem perto dele.

Cientistas brasileiros descobrem como destruir células doentes

Uma descoberta de cientistas brasileiros pode levar a importantes avanços no tratamento de alguns tipos de câncer. O grupo, que reúne estudiosos de várias instituições, desvendou o mecanismo que faz as células cancerosas serem destruídas, como explica a médica do INCA, Instituto Nacional de Câncer, e coordenadora da pesquisa, Eliana Abdelhay, Médica do INCA.

"Durante a formação do indivíduo, muitas células são produzidas e depois tem que ser formatadas. De modo que muitas morrem para formar os diversos órgãos que nós temos e isso perdura na vida adulta. Sempre que a gente tem células que não estão funcionando perfeitamente bem, elas começam a se desfazer e são comidas pelas outras células do corpo. No câncer esse mecanismo fica inibido e o tumor se forma."

A médica acredita que a partir da descoberta será possível criar alternativas de terapias para doenças como a leucemia mielóide crônica. Os pesquisadores pretendem testar a descoberta em ensaios de laboratório. Se as expectativas forem confirmadas, será possível controlar a expansão do câncer. Ainda não há previsão de conclusão do estudo.
Vacina combate o melanoma e câncer de rim
Desenvolvida por pesquisadores brasileiros, a primeira vacina terapêutica brasileira para tratamento de pacientes com melanoma e câncer de rim já está sendo usada no combate à doença. A vacina permite deter a expansão destes tumores em 80% dos portadores do mal.

O tratamento melhorou a qualidade de vida de pacientes que já tinham a doença espalhada pelo organismo. "A sobrevida deles, em alguns casos, passou de 6 para mais de 22 meses. O mais importante é que os pacientes puderam voltar a ter uma vida normal", afirma o imunologista José Alexandre Barbuto, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP).

Além de pesquisadores da USP, participaram do estudo profissionais do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, durante 10 anos. Os testes começaram a ser realizados em 2001 com mais de 100 doentes em estado terminal. "Foram escolhidos o melanoma e o câncer de rim porque são considerados de alto risco e a quimioterapia é pouco eficiente no combate, com menos de 20% de eficácia", explica Barbuto.

Sistema imune é ativado para combater a doença

A vacina é composta por aproximadamente 10 mil células dendríticas - responsáveis por avisar o sistema imunológico sobre a existência de perigo - e outras 10 mil células do tumor. Os dois tipos se fundem e formam as células do medicamento, que ativam o sistema de defesa do organismo do paciente para que ele reconheça o tumor como inimigo e parta para o contra-ataque.
Cada dose custa R$3.500 e é produzida de forma individual. Seus efeitos colaterais são febre e vermelhidão no local da aplicação. A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou a vacina como procedimento de auxílio no tratamento destes tumores.

Para mais informações e esclarecimentos, acesse: www.hospitalsiriolibanes.org.br

O que é Linfoma?

É um tipo de câncer que surge no sistema linfático, responsável pela defesa do organismo contra infecções. Pode ocorrer em qualquer pessoa, mas é na adolescência, entre os 15 e os 19 anos, que acontece o maior número de casos. A principal característica da doença é o aumento dos gânglios da garganta, axilas e virilha, muitas vezes vistos a olho nu. Ainda não se sabe como prevenir. Por isso o auto-exame é fundamental para que a pessoa note essas diferenças no seu corpo e procure um onco-hematologista, médico especialista desta área. Assim, quanto antes o linfoma for diagnosticado, maiores as chances de cura.
Alguns dados importantes
• No mundo, cerca de um milhão de pessoas têm linfoma nesse momento.
• No Brasil, 12 mil pessoas são diagnosticadas com linfoma anualmente, o que significa mais de uma pessoa a cada hora.
• O linfoma é o 3º câncer mais comum em crianças.
• O linfoma é o 5º câncer mais comum em mulheres e o 6º em homens.
• A incidência dessa doença aumenta em nosso país a cada ano.
• No Brasil, milhares de pessoas estão envolvidas diretamente com esta causa. Mas ainda é muito pouco.
Quais são os sintomas?
Além do inchaço dos gânglios linfáticos nas regiões do pescoço, axilas e virilha, também são comuns sintomas como febre, suor noturno, fadiga, perda de peso, perda de apetite e coceira na pele. Se eles persistirem por 15 dias, é vital buscar uma assistência médica. Alguns pacientes não apresentam qualquer sintoma e a doença é descoberta por acaso num exame de rotina. Por isso, fique atento a qualquer alteração corporal, que é essencial para um melhor tratamento.

Estrogênio pode ajudar a prevenir Câncer de mama
Uma novidade na luta contra o câncer de mama foi apresentada em dezembro, na reunião anual da Associação Americana para Pesquisa sobre o Câncer (AACR). Surpreendentemente, o hormônio estrogênio, conhecido na literatura médica por ser um fator de risco carcinogênico, pode proteger as mulheres contra o tumor maligno. Embora a forma endógena do hormônio, ou seja, aquela produzida pelos ovários, tenha ligação com o aparecimento do câncer, quando ingerido durante a terapia de reposição hormonal, diminui os riscos da neoplasia.
Hormônio tem efeito protetor quando ingerido durante a terapia de reposição hormonal

Nossa análise sugere que, ao contrário do que se imaginava, há um valor substancial em utilizar o estrogênio na terapia de reposição hormonal. Os dados mostram que, para determinadas mulheres, ele não é apenas seguro, mas potencialmente benéfico contra o câncer de mama, assim como para outros aspectos da saúde feminina — disse o pesquisador Joseph Ragas, oncologista da Faculdade de Medicina da Universidade de British Columbia, no Canadá. Ragaz e outros pesquisadores reviram e analisaram dados de um estudo epidemiológico realizado entre mulheres que faziam testes de reposição hormonal. O objetivo desse estudo, o Women's Health Initiative (WHI), é prevenir doenças cardíacas, câncer de mama e colorretal e fraturas em mulheres na pós-menopausa. Ele foi lançado em 1991 e inclui dados de cerca de 161 mil mulheres entre 50 e 79 anos.
Nas últimas três décadas, a terapia de reposição hormonal tem sido usada quase que indiscriminadamente por mulheres que esperam melhorar a qualidade de vida de forma geral. Originalmente, os resultados do WHI sugeriam que a terapia não fazia bem à saúde — recorda Ragaz. O estudo é formado por dois grupos de mulheres: as que não têm útero e tomam apenas estrogênio e aquelas que não retiraram o órgão e fazem terapia com estrogênio e progestina (hormônio sintético). Ragaz reavaliou os dados do WHI e descobriu que as voluntárias sem histórico familiar de câncer de mama que receberam apenas o estrogênio tiveram uma redução de mais de 70% na incidência da doença.

Essa redução é uma nova descoberta, porque o estrogênio sempre foi associado à alta incidência do câncer de mama, mas agora sabemos que, administrado de forma exógena (sem ser produzido naturalmente pelo organismo), ele é, na verdade, um protetor — diz.
De acordo com o médico, são necessários mais estudos para determinar o tratamento ideal, definir o perfil de mulheres beneficiadas e entender melhor o mecanismo do hormônio no processo de prevenção do câncer de mama.
Combinação de remédios
Outra forma de reduzir um tipo de câncer de mama, o HER-2 positivo, considerado um dos mais agressivos, também foi descrita na reunião da Associação Americana para Pesquisa sobre o Câncer. Segundo o Centro de Câncer do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, a combinação de três substâncias já aprovadas e existentes do mercado melhorou a resposta do tumor, comparando-se à ação dessas drogas sozinhas. O principal autor da pesquisa, José Baselga, chefe da Divisão de Hematologia e oncologia do hospital, diz que dados iniciais indicam uma taxa de remissão total de 50% — o índice foi de 20% nas mulheres que tomaram apenas uma das substâncias.
Já havia sido sugerido em pequenos estudos clínicos que a combinação de lapatinibe, trastuzumabe e paclitaxel seria mais efetiva que cada uma dessas drogas sozinhas, mas essa é a primeira vez que provamos isso em uma pesquisa de larga escala — disse Baselga.
O destaque
Na área de pesquisas que podem levar ao desenvolvimento de novos tratamentos, o destaque foi um estudo publicado na revista Cancer Research. Cientistas do Centro de Câncer Kimmel da Universidade Thomas Jefferson, nos EUA, conseguiram provar uma antiga suspeita: a de que inflamações nas mamas são a chave do desenvolvimento e da progressão do câncer. Em uma experiência feita com ratos, eles demonstraram que os processos inflamatórios dentro das mamas promovem o crescimento das células cancerígenas. Eles também demonstraram que, ao desativar a inflamação, é possível evitar o câncer.

Preocupação feminina, o que é?

Câncer de mama é o desenvolvimento anormal das células do seio. Essas estruturas crescem de forma desordenada e substituem o tecido saudável. O câncer normalmente começa com um pequeno nódulo, que pode crescer e se espalhar para áreas próximas à mama acometida, como os músculos, a pele e as axilas.

Sintomas

- Nódulo ou tumor no seio, acompanhado ou não de dor mamária
- Alteração no tamanho ou na forma da mama
- Alteração no aspecto da mama, da auréola ou do mamilo
- Saída de secreção pelo mamilo, sensibilidade mamilar ou inversão do mamilo para dentro da mama
- Sensações como calor, inchaço, rubor ou escamação
- Podem também surgir nódulos palpáveis na axila
- Enrugamento ou endurecimento da mama (a pelo adquire um aspecto de casca de laranja)

Fatores de risco

- Histórico familiar, especialmente se um ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) tiveram a doença antes dos 50 anos
- Primeira menstruação precoce e menopausa tardia
- Idade avançada
- Ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos
- Não ter tido filhos
- Uso precoce de contraceptivos orais ou por período prolongado de tempo
- Ingestão regular de álcool, mesmo que em quantidade moderada
- Exposição a radiações ionizantes em idade inferior aos 35 anos

Detecção precoce

Embora seja uma doença tratável, a descoberta precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. Quanto antes o tumor maligno for descoberto, seja por meio de mamografias ou de exames clínicos, maiores as chances de remissão da doença.

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