Entrevista com Merula Steagall,
presidente da ABRALE (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia).
Assista!!
Histórias contadas com a própria vida: Ela sempre vence!
"...Nessa ausência Sei que existe outra presença Uma força que sustenta E que me faz permanecer... de pé".
"Pois tu és minha esperança, Senhor Deus, tu és minha confiança desde minha juventude" (Sl 71,5)
A esperança não decepciona: Acredito porque experimentei!
A Abrale – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia – começa neste mês uma campanha de conscientização sobre o mieloma múltiplo, tipo de câncer hematológico que atinge quatro a cada 100 mil pessoas acima dos 60 anos e corresponde a 10% dos cânceres hematológicos. A doença, cuja causa ainda não é conhecida, ataca as células plasmáticas, responsáveis pela produção de anticorpos. O tratamento pode exigir um transplante de medula óssea.
Não é fácil entrar no quarto e encarar alguém que acabou de receber o diagnóstico de um sério problema de saúde. O abatimento físico e a fragilidade emocional criam um vazio nos caminhos para o diálogo. Sem saber o que dizer, é comum o visitante se agarrar a uma série de bordões. Quem nunca perguntou ao doente se “está tudo bem” (sendo que a pessoa acaba de saber que tem uma doença gravíssima), garantiu que “vai dar tudo certo” (coisa que nem a mais avançada terapia médica pode garantir) ou soltou um “você está ótimo” (para alguém com olheiras profundas). A intenção pode até ser boa. O resultado, porém, fica aquém do esperado. “Mentir para o paciente faz com que ele se afaste de nós”, diz Elizabeth Nunes de Barros, coordenadora do serviço de psicologia do Centro de Combate ao Câncer em São Paulo. Ser positivo sem dar falsas ilusões ao doente é o ideal, mas como fazer isso?